Será a arquitetura Blob a arquitetura do futuro?

A arquitetura “blob”, blobitectural, a arquitetura de blobs, de “blob” em inglês, significa “mancha” ou “gota”. É o termo que se deu a corrente arquitetónica traz a qual os edifícios têm uma forma orgânica mol e arredondada. De forma mais geral, se diz” inchadas ou “curvadas” para as arquiteturas orgânicas.

A arquitetura blob e a sua origem

A palavra “blob” foi utilizada pela primeira vez pelo arquiteto Jan Kaplicky para o evento do “Blob Office Building” em Londres, em 1986. O edifício caracteriza-se pela sua forma orgânica e aerodinâmica, mas também pelas soluções tecnológicas avançadas e eficientes em energia.

Enquanto ao término “arquitetura blob”, foi inventado pelo arquiteto Greg Lynn em 1995 como parte das suas experiências de conceição numérica com um software gráfico chamado Metaball. Pronto, vários arquitetos e desenhadores de móveis começaram a experimentar o software “blobby” para desenvolver formas novas e inabituais.

Esta corrente não se pode dissociar do uso das novas ferramentas informáticas. De facto, os arquitetos e os designers usam diferentes softwares de tipo 3D para criar efeitos especiais para a indústria automobilística ou também para o desenho de objetos.

Estes softwares permitem que estes profissionais realizem formas orgânicas complexas e dinâmicas fora de alcance dos métodos analógicos habituais.

A arquitetura “blob” quer-se mutante, flexível, maleável, reativa ao fluxo de pessoas, às curvas do sol, aos sopros do vento.

As três características da arquitetura Blob

É de tipo filosófico: inscreve-se como herdeira da arquitetura orgânica e continua o seu diálogo entre a construção e a natureza ou o “cosmos”, o qual é o fundamento antigo da harmonia e, portanto, da codificação do que é considerado como bonito.
É estrutural: tem como modelo a natureza. Para os organismos moles que têm órgãos cuja forma é procedente de um envelope à tensão mínima, ou cuja forma é parecida com um seixo usado, a pedra usada, têm a curva da costa usada quando se encontram ao lado dos rios.
É formal: desde que um edifício tem um aspecto inacabado e sinuoso, é classificado como “blob”, quer dizer, “mói”. Isto deve-se a novidade e, a ausência das regras que categorizam este movimento.