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Encontro e entrevista com Stefano Cocuzza da Unless - Design and Architecture Lda

Encontro e entrevista com Stefano Cocuzza da Unless - Design and Architecture Lda - Lisboa

Unless - Design and Architecture Lda é uma empresa de arquitetura com sede em Lisboa que se concentra no desenvolvimento de projetos sustentáveis, inovadores e minimalistas.

 

Olá Stefano, qual foi o seu percurso para chegar a ser arquiteto?

Graduei-me em Itália na renomada Facoltà di Architettura e Società da Universidade Politécnico de Milano, primeiro em 2007 com um diploma em ciências da arquitetura e depois no ano 2010 com um mestrado em arquitetura (notas 110/110 com menção de honras).

Passei no exame de admissão à Ordem dos Arquitetos em Itália em 2011 e, ao mesmo tempo, publiquei alguns artigos científicos sobre a arquitetura, os hospitais e os terramotos.

 

Qual foi o seu percurso profissional até a sua profissão atual?

Em 2012 comecei a minha carreira trabalhando em dois reconhecidos escritórios de arquitetura em Milão, participando em projetos e concursos nacionais e internacionais, sempre com uma estratégia integrada e multidisciplinar, centrada na integração de tecnologia e ambiente, funcionalidade estilo.

Depois mudei-me para a Alemanha e comecei a trabalhar lá primeiro como arquiteto de interiores e depois como arquiteto chefe de equipa, desenvolvendo conhecimentos alargados na concepção de interiores, gestão de projetos, sustentabilidade, iluminação e design acústico.

Agora vivo em Lisboa, Portugal e estou ansioso por encontrar novos desafios profissionais e explorar novas possibilidades e projetos de arquitetura. Decidi iniciar uma carreira individual e a minha empresa, criei Unless, para canalizar as minhas energias, experiência e paixão num novo projeto pessoal, que se concentre em assuntos que me são caros. A minha ambição final é atingir o maior número possível de pessoas, que possam partilhar a minha mesma perspetiva e valores, e com elas melhorar juntos as nossas cidades e as nossas vidas, um espaço após o outro.

 

Porquê escolheu esta profissão? O que gosta nela?

A arquitetura e o design são para mim instrumentos para tornar a nossa vida melhor, melhorar o nosso conforto, realizar objetivos e paixões.

Gosto de habilitar as pessoas com a minha competência e know-how fornecendo soluções que lhes permitam fazer melhores escolhas e encontrar melhores soluções.

Penso que podemos mudar a forma como vivemos e habitamos o planeta, começando pela forma como utilizamos o nosso espaço privado e como este afeta a nossa comunidade, as nossas cidades, o nosso planeta.

Tenho muita paixão pelos detalhes e para concretizar as minhas ideias, desde um conceito até ver o produto final do meu trabalho.

 

Quais são as dificuldades que encontrou na sua profissão?

Uma primeira dificuldade, em Itália, foi encontrar respeito e apreciação para a nossa profissão qualificada e avançar na carreira simultaneamente com o desenvolver-se da crise económica de 2011.

Um outro grande desafio foi também mudar para a Alemanha, ultrapassar as barreiras linguísticas e as diferenças culturais na prática profissional. Também não foi imediato desfazer os preconceitos sobre os italianos e impor-me como um profissional de confiança e dedicado: “não pareces italiano” tornou-se rapidamente num esquisito elogio.

É preciso muita personalidade e autoestima em si e nas próprias competências para ultrapassar estas barreiras em circunstâncias difíceis. 

 

Na sua opinião, qual papel desempenha um arquiteto?

Um arquiteto deve ser muitas coisas ao mesmo tempo: um criativo, um cientista e um coordenador. A figura do arquiteto, como na etimologia da palavra, nasceu como capo dos construtores, ou seja, o profissional que detém as rédeas do projeto e conduz o projeto desde a sua concepção até à sua conclusão, gerindo os meios e profissionais necessários ao longo de todo o processo. Deve ter conhecimento das técnicas e dos sistemas para interagir com estes profissionais e deve ser um criativo para encontrar soluções práticas e formais, realizando um produto único e de alta qualidade.

"Um trabalho tecnicamente perfeito pode, por vezes, resultar esteticamente inexpressivo, mas nunca houve, nem agora nem no passado, um

trabalho de arquitetura, reconhecido como excelente do ponto de vista estético, que não foi excelente também do ponto de vista técnico de vista. Uma boa engenharia parece ser uma condição obrigatória - mesmo que insuficiente - para uma boa arquitetura". - Pier Luigi Nervi

 

Na sua opinião, qual qualidade ou qual talento devemos ter particularmente para exercer a profissão de arquiteto?

Humildade, determinação e criatividade.

É importante saber ouvir os clientes, os gostos e as necessidades deles, os trabalhadores e os profissionais que participam na realização de um projeto. É importante saber sempre aprender e acrescentar as próprias competências e isso só é possível quando reconhecemos que precisamos sempre de melhorar e aprender mais.

A determinação é fundamental, porque a profissão de  arquiteto é um desafio contínuo: ser arquiteto é, em breve, encontrar soluções criativas e expressivas para problemas complexos e técnicos.

Criatividade não significa fazer coisas insólitas ou giras, mas saber abordar estes desafios a partir de uma perspetiva diferente e não convencional para poder oferecer aquela mais-valia e paixão pelos detalhes que fazem a diferença entre um bom projeto e um projeto excepcional.

 

Em que consiste a sua profissão?

A minha atividade concentra-se em torno da arquitetura de interiores e design.

Trato de renovações, modernizações e de design de interiores de bens residenciais, assim como de bens comerciais e distingo-me na projetação de espaços pequenos e no desenvolvimento de soluções inteligentes individuais, para melhorar a eficiência espacial e acrescentar valor de cada espaço, seja um apartamento, um escritório, ou uma loja.

Junto à projetação arquitetónica, especializo-me no design de mobiliário personalizado e multifuncional, tanto isolado como integrado num projeto arquitetónico. Às vezes um móvel só pode resolver um inteiro espaço.

 

O que mais lhe motiva em sua profissão?

A satisfação e o sentimento de realização pessoal em ver uma ideia tornar-se realidade, de um conceito até um produto físico. A paixão pelos detalhes, pelos materiais, pela tecnologia e pela inovação. A consciência de poder influenciar positivamente a vida das pessoas, criando os espaços dentro dos quais elas vivem.

 

Qual projeto mais marcou a sua carreira?

Há muitos projetos que por motivos diferentes marcaram a minha carreira de arquiteto, mas pessoalmente identifico como simbólico o projeto de uma loja de óculos em Alemanha, que desenhei e realizei com muito gosto, especialmente porque o cliente foi muito aberto a aceitar o meu design e as minhas ideias e isto resultou num espaço moderno e contemporaneamente atemporal. Uma clientela aberta e corajosa é essencial para tirar o máximo proveito de um projeto.

 

Qual é a sua cidade preferida?

Viajei muito e vivi em países diferentes. Adoro Lisboa e Portugal e é uma das razões pelas quais mudei-me para aqui, mas se tenho que escolher uma cidade mais exótica, diria que Kyoto no Japão é a minha segunda favorita: adoro a cultura, a arquitetura e a atmosfera que se respira.

 

Se devesse construir uma casa individual nova para si, como seria?

Provavelmente uma casa passiva, quase autossuficiente, toda num nível, integrada na paisagem e com detalhes modernos, mas inspirados na arquitetura japonesa, com layers diferentes de profundidade, muitas perspetivas para admirar e relaxar e um ou dois pequenos pátios internos para deixar os meus gatos livres.

 

Aonde encontra a sua inspiração?

Tenho uma bagagem de experiências muito variada: a minha carreira na Itália e Alemanha, as minhas viagens, os arquitetos famosos que foram sempre uma ótima inspiração.

Mas não é apenas instintivo: cada projeto meu começa sempre com uma pesquisa e uma coleção de ideias e novas inspirações, que são acrescentadas aos anteriores para criar cada vez um resultado novo e único, no qual o cliente pode ver os resultados.

 

Como definiria a sua relação entre um arquiteto e um cliente?

Cada cliente tem exigências diferentes e o arquiteto deve saber como adaptar-se: pode ser um técnico para resolver problemas pontuais, ou um artista para surpreendê-lo com ideias fantásticas. Pode ser um profissional para gerir uma obra complexa, ou quase um confidente para aventurar-se na realização de um sonho.

Acho sempre muito importante construir uma boa relação de confiança, para que o cliente perceba que o arquiteto vai sempre estar presente e entregar respostas e resultados e que tem a competência para gerir o processo e realizar um bom produto final: não há nada de pior para um projeto, que um cliente com o medo de ter que controlar tudo, tomar cada decisão e não aceita as ideias do arquiteto.

 

Qual é a sua especialização dentro do seu trabalho?

Como já disse, trato de renovações, modernizações e de design de interiores de bens residenciais, assim como de bens comerciais e excele na projetação de espaços pequenos e no desenvolvimento de soluções inteligentes individuais e nos temas da sustentabilidade, inovação e minimalismo. Sou especializado no design de mobiliário personalizado e multifuncional, tanto isolado como integrado num projeto arquitetónico. Presto atenção especial aos materiais, à eficiência energética e ao conforto acústico.

Gosto de oferecer apoio em diferentes línguas para clientes internacionais e nacionais, em inglês, alemão, italiano e português, para permitirem-los de realizar os próprios objetivos e sonhos entre países diferentes, exatamente como na minha experiência pessoal.

 

Qual é a sua aplicação móvel preferida atualmente?

É uma pergunta engraçada. Acho que ultimamente WhatsApp tornou-se extremamente popular, também para se comunicar com clientes e empresas e enviar rapidamente informações sem recorrer a um email ou um telefonema.

 

Uma mensagem que gostaria de mandar aos seus futuros clientes?

Não tenham medo de começar um novo projeto: é um processo comprido e como tal é preciso começar com passos pequenos. Sem começar nunca se chegará ao fim.

Investem nos espaços em que vivem, é um dos melhores investimentos que podem fazer. A gente costuma gastar dinheiro em muitas coisas que não se traduzem num bem-estar real ou a longo prazo: quando tens uma casa, um escritório ou uma loja bem pensada, funcional e agradável, a vida torna-se incrivelmente mais fácil e confortável e se conseguem as condições para concretizar objetivos e seguir paixões.

 

Algo a adicionar?

O meu slogan é: The solution may seem impossible, unless we start thinking differently. Em português: A solução pode parecer impossível, a menos que comecemos a pensar de forma diferente

 

Obrigada Stefano pela entrevista interessante e completa! 

Veja aqui mais realizações do arquiteto.

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