Encontro e entrevista com Éric Rodriguez Vieira do atelier AREA
Encontro e entrevista com Éric Rodriguez Vieira do atelier AREA – Venda-do-Pinheiro
O Atelier AREA é uma agência francesa fundada pelo arquiteto Éric Vieira Rodriguez que chegou a Portugal recentemente.
Qual foi o seu percurso para chegar a ser arquiteto?
Estudei 6 anos na famosa e conhecida escola francesa, Escola Nacional Superior de Arquitetura, em Paris-Malaquais.
Qual foi o seu percurso profissional até a sua profissão atual?
O meu percurso foi largo e polivalente. Efetivamente, ocupei a posição de condutor de obras durante cinco anos e tive a oportunidade de formar parte de uma agência de arquitetura durante o período de dois anos, em Orleans (França). Além disso, trabalhei cinco anos numa outra agência de arquitetura, localizada na região parisiense em França.
Porquê escolheu esta profissão? O que gosta nela?
Sinto uma conexão muito forte pela arte, mas também pela arquitetura desde que sou pequeno, ainda só tinha 10 anos. Esta paixão pela arquitetura, que seja da habitação, de prédios, de monumentos ou de qualquer outro edifício, reflete-se nos projetos que empreendo. De facto, fico sempre encantado pela oportunidade de criar algo novo e inovador. Não podemos desfazer-nos da arquitetura, já que está presente por todo lado: no nosso trabalho, nas escolas, nos restaurantes aonde vamos frequentemente comer, etc.
Quais são as dificuldades que encontrou na sua profissão?
Foi bastante difícil ser reconhecido como profissional com a minha idade. Ainda tinha muito poucas referências e certos clientes esperam exemplos, fotografias, desenhos do nosso trabalho. Porém, quando se começa esta carreira não é fácil apresentar provas do nosso talento... Felizmente, consegui ilustrar a minha maneira de trabalhar de forma organizada e diferente dos outros para poder destacar-me dos outros arquitetos.
Na sua opinião, qual papel desempenha um arquiteto?
Para mim, o arquiteto é um profissional, ou seja, deve conseguir lidar com um projeto do início até ao fim sem nunca falhar com os clientes. No entanto, é necessário que o arquiteto integre o máximo de visão global da concepção até à finalização da obra e que gera não só a planificação da obra, mas também das empresas ou do custo, por exemplo. Na minha opinião, é o arquiteto quem deve imaginar o projeto sempre de acordo com as regras urbanísticas e as leis de construção.
Na sua opinião, qual qualidade ou qual talento devemos ter particularmente para exercer a profissão de arquiteto?
A capacidade de criação é uma qualidade que parece-me ser bastante importante. Por outra parte, exercer a profissão de arquiteto envolve muita organização, razão pela qual é preciso trabalhar de forma ordenada. No contexto atual, também é importante guardar uma visão global de um projeto tendo em conta a arquitetura bioclimática.
Em que consiste a sua profissão?
A minha profissão consiste em transformar desejos de projeto de um cliente numa construção viável e persistente. Concretizamos a vontade de um espaço, de um volume em realidade sempre com o intuito de integrar vários elementos: a luz, os materiais, a noção de percurso, de paisagem e claro, do ambiente.
O que mais lhe motiva em sua profissão?
Fico motivado todos os dias por ter oportunidades de realizar projetos diferentes.
Qual projeto mais marcou a sua carreira?
Tenho em mente um projeto que me marcou muito. Foi o meu primeiro projeto público em agência para criar um espaço intergeracional, ou seja, um equipamento público para pessoas idosas e crianças tipo creche (com funções comuns).
Qual é a sua cidade preferida?
Tenho uma preferência para uma cidade estadunidense, Nova Iorque.
Se devesse construir uma casa individual nova para si, como seria?
Seria uma casa construída num estilo moderno e ainda mais importante, que seja uma construção virada para o mar ou para a serra francesa dos Pirenos.
Aonde encontra a sua inspiração?
Para que eu possa fomentar a minha inspiração, leio bastante revistas de arquitetura que me proporcionam muitas ideias. Além disso, os passeios e as viagens que realizei foram grandes fontes de inspiração no meu trabalho.
Como definiria a sua relação entre um arquiteto e um cliente?
Uma palavra: confiança.
Qual é a sua especialização dentro do seu trabalho?
Eu especializo-me na técnica de construção.
Qual é a sua aplicação móvel preferida atualmente?
Atualmente, LinkedIn é a minha aplicação móvel preferida.
Uma mensagem que gostaria de mandar aos seus futuros clientes?
Acreditem que o meu trabalho vai proporcionar-lhes um projeto específico, único e sob medida própria.
Algo a adicionar?
Por último, queria dizer que sempre tive o desejo de trabalhar em Portugal. Efetivamente, é o meu país de coração e além disso, foi este país que me deu vontade de perseguir com a carreira de arquiteto.
Agradecemos a Éric Rodriguez Vieira pelo seu tempo!
Veja aqui algumas das suas realizações…